O aumento das temperaturas globais, aliado aos altos índices de poluição, tem se mostrado uma combinação prejudicial à saúde da pele. Especialistas reunidos no Congresso Mundial de Medicina Estética e Antienvelhecimento (AMWC 2025) discutiram como essas condições ambientais extremas podem causar danos severos à pele, além de afetar o funcionamento cerebral e contribuir para o surgimento de doenças inflamatórias.
Em 2024, o planeta registrou um aumento médio de 1,6 °C na temperatura global, tornando-se o ano mais quente da história. Este aquecimento, quando combinado com a exposição à poluição ambiental, pode ser ainda mais agressivo à pele do que o tabagismo, segundo estudos apresentados no congresso. A integridade cutânea é diretamente afetada pelo aquecimento global, aumentando o estresse oxidativo e danificando o DNA celular.
Como a poluição afeta a saúde da pele?
As micropartículas poluentes, como o material particulado fino (PM2.5), são capazes de penetrar profundamente nos poros da pele. Este processo desencadeia inflamações e degrada as fibras de colágeno, além de alterar o equilíbrio do microbioma cutâneo. Quando a barreira protetora da pele é enfraquecida, há uma perda na capacidade de reter hidratação e de impedir a entrada de agentes nocivos, favorecendo o aparecimento de condições como acne, dermatites e psoríase.
Além dos danos estéticos, a exposição contínua à poluição e ao calor extremo pode ter implicações mais profundas na saúde geral. O “eixo pele-cérebro”, uma via de comunicação bioquímica entre a pele e o cérebro, pode ser afetado, levando à liberação de citocinas que atingem o cérebro pela corrente sanguínea. Isso pode resultar em neuroinflamação, fadiga mental e declínio cognitivo.
Quais são as consequências do estresse térmico no cérebro?
O estresse térmico, causado por temperaturas extremas, também tem um impacto direto sobre a memória e o raciocínio. As altas temperaturas podem danificar estruturas celulares importantes para o funcionamento cerebral, afetando a capacidade cognitiva e o bem-estar mental. Preservar a saúde da pele, portanto, vai além da estética, sendo uma questão de bem-estar geral e proteção ao sistema nervoso.
Medidas de proteção contra danos ambientais
Para mitigar os efeitos nocivos do aquecimento global e da poluição, é essencial adotar medidas de proteção adequadas. O uso de protetores solares com amplo espectro, que protegem contra os raios UV e a poluição, é fundamental. Além disso, a hidratação regular da pele e a utilização de produtos antioxidantes podem ajudar a fortalecer a barreira cutânea e reduzir o estresse oxidativo.
Em suma, a proteção da pele contra os efeitos adversos do ambiente não é apenas uma questão de aparência, mas uma necessidade para manter a saúde mental e física. A conscientização sobre os impactos do aquecimento global e da poluição é crucial para a adoção de práticas que promovam o bem-estar geral.
