O PIX, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, transformou a maneira como os brasileiros movimentam seu dinheiro. Desde seu lançamento, a ferramenta conquistou popularidade por oferecer agilidade e facilidade nas transações. Em 2025, o PIX se prepara para dar um novo passo com o lançamento do chamado ‘PIX 2.0‘, que trará atualizações relevantes como o pagamento por aproximação.
Entre as novidades previstas, destaca-se a possibilidade de realizar pagamentos por aproximação. Essa inovação busca tornar o processo de pagamento ainda mais prático, sobretudo em estabelecimentos físicos, onde a agilidade no atendimento é um diferencial importante.
Como funciona o PIX por aproximação?
O novo recurso de pagamento por aproximação do PIX funcionará de maneira similar à tecnologia NFC, já conhecida em cartões de crédito. Para realizar um pagamento, o usuário selecionará a opção PIX em seu aplicativo bancário e aproximará o dispositivo do terminal de pagamento. Este método elimina a necessidade de escanear códigos QR, tornando o processo mais ágil.
Inicialmente, essa funcionalidade estará disponível para dispositivos Android que utilizam o Google Pay, com suporte limitado a algumas instituições financeiras. Espera-se que, com o tempo, outras plataformas como Apple Pay e Samsung Pay também integrem essa tecnologia.

Para o Pagador:
- Vincular a conta: O usuário precisa vincular sua conta bancária a uma carteira digital (como o Google Pay) ou, em alguns casos, habilitar a função diretamente no aplicativo do seu banco.
- Aproximar o celular: No momento do pagamento, o cliente informa que deseja pagar com PIX por aproximação e aproxima seu smartphone desbloqueado da maquininha que oferece essa opção.
- Autenticação: O celular geralmente solicitará uma forma de autenticação para confirmar a transação. Isso pode ser biometria (impressão digital ou reconhecimento facial), senha do celular ou PIN cadastrado na carteira digital.
- Confirmação: Após a autenticação bem-sucedida, a transação é processada e o pagamento é realizado. O comprovante pode ser gerado na maquininha.
Para o Recebedor (Estabelecimento):
- Maquininha habilitada: O estabelecimento precisa ter uma maquininha de cartão que suporte a tecnologia PIX por aproximação.
- Informar o valor: O valor da compra é inserido na maquininha como de costume.
- Selecionar PIX: O lojista ou o sistema da maquininha seleciona a opção de pagamento via PIX por aproximação.
- Aproximação do celular: O cliente aproxima o celular, e a maquininha se comunica com a carteira digital ou o aplicativo do banco do pagador.
- Confirmação e recebimento: Após a confirmação pelo pagador, o valor é creditado na conta do recebedor em tempo real, como em qualquer transação PIX.
Quais são os limites e medidas de segurança?
O PIX por aproximação terá um limite inicial de R$ 500 por transação, ajustável pelo usuário. Para utilizar o serviço, será necessário vincular a conta bancária a uma carteira digital compatível e garantir que o dispositivo tenha tecnologia NFC e acesso à internet no momento da transação.
O Banco Central está comprometido em assegurar a segurança e a confiabilidade do sistema, incentivando sua adoção em larga escala. A formalização dessa modalidade no regulamento do PIX visa garantir segurança jurídica e operacional para todos os envolvidos.
Pontos importantes sobre o PIX por aproximação:
- Tecnologia NFC: A funcionalidade depende da tecnologia NFC presente nos dispositivos (celular e maquininha).
- Carteiras Digitais: Inicialmente, a principal forma de usar o PIX por aproximação é através de carteiras digitais como o Google Pay. Alguns bancos também estão implementando a função diretamente em seus aplicativos.
- Segurança: As transações exigem autenticação no celular do pagador, o que adiciona uma camada de segurança. Além disso, o Banco Central estabelece protocolos de segurança para o sistema PIX.
- Limites: Pode haver limites de valor para transações por aproximação, que podem ser definidos pelo banco ou pelo próprio usuário. O limite inicial estabelecido pelo Banco Central é de R$ 500 por transação, mas pode ser ajustado.
- Praticidade e Agilidade: O objetivo principal é tornar o pagamento mais rápido e prático, dispensando a necessidade de ler QR Codes ou digitar chaves PIX.
Quais outras inovações estão planejadas?
Além do PIX 2.0, o Banco Central planeja outras inovações para os próximos anos. Em 2025, está prevista a introdução do PIX parcelado, que poderá oferecer vantagens como descontos em compras à vista. Nos anos seguintes, o foco será no desenvolvimento do Open Finance, na portabilidade de crédito e em novas soluções para o crédito imobiliário.
Essas iniciativas fazem parte de um esforço contínuo para modernizar o sistema financeiro brasileiro, tornando os pagamentos mais rápidos, acessíveis e seguros. Com o PIX 2.0 e outras inovações, o Banco Central busca consolidar o Brasil como um líder em tecnologia financeira.